Educação sempre foi um interesse meu.
Quando criança eu gostava mais de brincar de escolinha do que
casinha e isso me custou amizades (weirdo, I was). Eu queria
ser a professora porque era muito legal ver que alguém aprendeu
alguma coisa com você. Na época eu não sabia que era por isso, e
talvez até seja só romantização minha: mininu gosta mesmo é
de ser mais esperto que os outros.
Anyway, eu cresci, construí uma
jaula pro meu ego mas continuei gostando de educação. Claro que
agora eu entendo sobre as coisas; tou advertida que educar
pode ser coerção, imposição de limites, padronização e
adestramento. Mesmo assim, eu prefiro procurar casos em que a educação ainda é possibilidade, crescimento e libertação.
Com essa pegada, tem vários filmes bem inspiradores, todos (pelo menos que eu
vi) focando na figura do professor como (se o coitado fosse) o herói salvador da lavoura. A maioria dos filmes é americana e essa
ideologia do Power of One, do ”tudo só depende de você” é
manjada já, eu sei. E em se tratando de educação a imagem
retratada normalmente é de um santo, totalmente altruísta
praticamente a Madre Tereza dando aula a 30 versões de Dennis, o
Pestinha que moram no Brooklyn do Chris Rock.
Detachment [2011] e
Entre les Murs (que não é americano) [2008] não são e ao mesmo
tempo são muito diferentes disso. A diferença mesmo é que não se
oferece um milagre no final, mesmo que os professores protagonistas
sejam de fato figuras especiais e inspiradores, eles não estão ali
pra te dizer ”Seja eu e faca assim”.
No primeiro filme, o caso
é de um professor substituto que por coincidência também é um ser
humano super awesome que se vive o dilema da provisoriedade do seu
cargo e de auto preservação em frente ao comprometimento com os
alunos, ao mesmo tempo em que ele conduz sua não tão simples
vida.
Já Entre les Murs mostra um retrato de uma escola pública
francesa, através da interação de um professor de francês e uma de
suas turmas. Nesse filme se vê brevemente temas como imigração
ambientes multiculturais e representatividade estudantil.
Ambos os
filmes discutem aspectos importante da educação como comportamento
adolescente, contexto social e ética profissional de uma forma
empática e (suspeito) pouco fantasiosa, além de serem bem legais de
assistir.
Então, já viu algum deles? Não? Dá uma olhadinha e
me diz o que você achou =)